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...a vida demasiado breve e corriqueira. Os sentidos em caixas e o coração a pedir uma corrida, e depois dessa corrida, um vôo.

 

Um vôo para além da passada inevitável, para além das medidas, além de toda a gramática e ainda mais além na gravidade que nos arranha de impossibilidades.

Era uma vez os cheiros e a luz que queriamos ter como saber. E era uma vez o sabor do saber, o saborear do gosto. E era uma vez tudo o resto que não deve ser. E o resto tão imenso e impaciente que cabia num amanhã sem casa. Só a água dos olhos, as mãos soltas na pedra, a pele a segurar a corrida do coração. E o gesto largo de tudo ensinar, livre. E aprender como se o conhecimento fosse um único despertar.

 

E era uma outra vez o pintar, o ouvir, o unir de muitos pontos a dar forma a uma casa que sonhamos ser do mundo que quer ser muitas vezes.

 

 

Era uma vez

 

 

 

 

 

Era uma vez

 

 

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